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Na contramão dos novos empreendimentos, mercado de leilões de imóveis deve ganhar fôlego nos próximos meses
O mercado de leilões de imóveis está se movimentando bem, mesmo diante da crise. A busca pela realização do sonho da casa própria segue firme, ainda que os brasileiros encontrem dificuldades na maneira tradicional de comprar imóvel, como por exemplo o recurso do financiamento bancário congelado e a ausência de boa parte do valor de entrada para negociar uma propriedade.
Nos últimos meses o País vem acompanhando as movimentações do cenário financeiro e notícias atrás de notícias têm feito com muitos busquem uma rota alternativa para comprar a casa própria. É neste momento em que os leilões de imóveis passam a receber cada vez mais interessados em negociar esses bens. Afinal, existem diversos imóveis com um valor 40% a menos do que no mercado convencional.
Os fatores que evidenciam os leilões de imóveis como alternativa para aquisição de imóvel
Podemos dividir os fatores em 2 pontos importantes:
1 – Muita gente que comprou a casa própria nos últimos anos não está conseguindo pagar e razões para isso não faltam, como o desemprego, por exemplo. O resultado disso não só a inadimplência, mas sim a quantidade de bens que são retomados pelos bancos que financiaram esses bens.
O levantamento divulgado pela Caixa Econômica Federal no final de 2016 confirma o aumento no número de imóveis retomados em todo o país. De 2014 a 2016, a quantidade total de bens devolvidos aumentou 53,8%. Só em 2016, foram 8.626 imóveis que foram à leilão por falta de pagamento. A escada do índice desse aumento vem ganhando degraus desde 2012. Esses índices, que serão atualizados até o final deste ano, deverão ser ainda maiores se compararmos com os números anteriores. Por este ângulo, o mercado de imóveis parece estar esgotado.
2 – Do outro lado do balcão, quem tem imóvel e não vendeu ainda também está sentindo na pele os desafios da turbulência econômica. O tempo estimado de venda para uma casa ou apartamento atingiu o seu maior nível da história, desde o começo dessa medição, chegando a 1 ano e 4 meses, segundo a Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias). Nesse tempo todo de espera, o prejuízo é grande e o cenário de vendas segue travado. Já quem tem dinheiro para comprar, não encontra uma negociação flexível. Só para se ter uma ideia de valores, o preço dos imóveis, considerando esse período de um ano, teve uma leve movimentação de só 0,5%. É muito pouco para um mercado que tem muitos produtos e poucas ofertas!
A outra barreira que não podemos deixar de citar é formada pelas mudanças que a Caixa decidiu fazer nos últimos meses. Desde setembro deste ano o limite máximo de financiamento de um imóvel usado é de 50%, quando antes poderia ser utilizado até 70% dependendo do tipo de contrato.
Leilões de imóveis podem ser a solução para o ramo imobiliário?
Apesar disso tudo, o sonho da casa própria não acabou para os brasileiros. Inúmeras pessoas buscam realizar esse sonho e podem encontrar caminhos alternativos, como os leilões de imóveis, onde além de adquirir o bem, o comprador pode economizar até 40% do valor de mercado. Ou seja, há imóveis com bons valores e muitos em ótimo estado.
Há quase 30 anos no segmento, já vimos bastante coisa, porém uma movimentação intensa como essa no ramo de leilões, está realmente surpreendendo os especialistas deste segmento.
Vale lembrar que alguns cuidados são fundamentais antes de fechar uma negociação via leilão. É preciso analisar as condições de compra, do imóvel, a forma de pagamento, local do bem e até a documentação da casa ou apartamento, pois além da dívida do banco, pode haver outros atrasos, como em relação a condomínios e outros pagamentos do tipo.
Além de comprar um imóvel para morar, muitos clientes compram e negociam esses imóveis e fazem o capital girar a partir desses bens, seja alugando ou vendendo posteriormente, conquistando um valor acima do que foi pago no leilão.
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